terça-feira, 26 de maio de 2009

Aula do dia 16 de abril de 2009

Esse foi o primeiro encontro da turma de Tendencias Atuais de Ensino da Lingua Portuguesa I, ministrado pelo professor Ivanildo Amaro de Araújo.
Não pude estar presente nesse primeiro encontro, entretanto fiquei sabendo com meus amigos o que aconteceu nesse primeiro dia de aula e fui informada que havia um texto na Xerox da Faculdade e que nele continha uma discussão acerca da metodologia de avaliação a ser adotada pelo professor nessa matéria.

Após a leitura do texto Construindo o portfólio eletrônico de Ivanildo Amaro de Araújo, professor adjunto do Departamento de Formação de Professores da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense, campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, pude ter uma compreensão melhor da proposta de avaliação feita pelo professor.

Esse tema avaliação é extremamente importante na carreira do aluno, pois é por meio da avaliação que somos "classificados" durante toda a nossa trajetória estudantil. E é um tema que, particularmente, gosto muito de discutir.

A proposta lançada pelo professor foi a avaliação formativa que tem por objetivo uma avaliação inovadora, em que o aluno e o professor interajam, possibilitando o aluno um melhor desenvolvimento no que está sendo proposto a aprender. Esse tipo de avaliação não é apenas benéfico ao aluno, mas também ao professor que pode estar o tempo todo se auto-avaliando no processo de ensino-aprendizagem e vendo se a metodologia de ensino adotada por ele está sendo eficaz. Porém esse tipo de avaliação tem encontrado muitas resistências nas escolas tradicionais que estão muito habituadas a se utilizarem da avaliação normativa (tradicional), que consiste apontar, seja por meio de provas, testes e trabalhos, os erros e acertos dos alunos atribuindo uma nota como forma de classificação.

Durante esses sete períodos que tenho estado na faculdade, muitas discussões sobre avaliação foram levantadas e muitas críticas negativas atribuídas a avaliação normativa.
A proposta do professor é bastante inovadora, pois ela vai além da sala de aula, trata-se da criação de um portfólio eletrônico.O Portfólio é a seleção das melhores produções de um aluno que pode ser um texto escrito, uma resenha de um livro entre outros trabalhos exigidos pelo professor em sala de aula. Já o portfólio eletrônico consiste na postagem desses melhores trabalhos na internet por meio de blogs, e não pára por aí não, por estarmos na era digital, esses portfólios eletrônicos contam com auxílio de vídeos, links, fotos entre outros recursos que podem estar o enriquecendo.

Quanto ao que eu espero da matéria é que ela me dê base para ensinar meus futuros alunos em sala de aula.

Sobre a metodologia de avaliação adotada pelo professor, confesso que tem sido um pouco difícil conseguir cumprir todas as exigências pedidas por ele, devido a quantidade de matérias a cumprir esse período na faculdade, mas reconheço a importância que esse tipo de avaliação está tendo na minha vida acadêmica e gostaria de falar que o esforço para estar cumprindo tudo o que é pediodo em sala de aula está sendo feito, as vezes até um pouco fora do prazo... Mas espero que o professor compreenda que esse período está muito complicado, porque além da mudança de currículo, das oito matérias e o estágio que estou fazendo, ainda tenho a monografia para esse ano.

Até a próxima postagem...

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Desenvolvimento de atividades com crianças no período da Educação Infantil


A partir da leitura do texto Processos iniciais de leitura e escrita, de Rosineide Magalhaes de Souza foi proposto pelo professor Ivanildo Amaro, da disciplina Tendências Atuais do ensino de Língua Portuguesa 1, que desenvolvêssemos atividades para crianças que estejam freqüentando a Educação Infantil, a fim de que essas atividades proporcionassem nas crianças o desenvolvimento de algumas habilidades.

As atividades propostas abaixo podem ser desencolvidas com crianças que estajam na faixa etária de 4 e 5 anos.

1. Encenação

A professora contará uma história, poderá ser os clássicos das histórias infantis como: Chapeuzinho Vermelho, Três porquinhos etc. Posteriormente, vestidos a caráter, as crianças encenariam a história que foi contada pela professora. Dependendo do número de personagens, as crianças poderão se dividir em grupos a fim de que todos participem da atividade, assim todos poderão ser avaliados.

Essa atividade tem por objetivo o desenvolvimento das habilidades lingüísticas e cognitivas, a compreensão na leitura e o desenvolvimento da interpretação.

2. Jogo da memória

Esse jogo poderá ser criado com cartolina cortada em formato de retângulo com figurasd encontradas em encartes de mercado, dessa maneira será estimulado nas crianças a leitura de rótulos de embalagens, que é o universo do letramento no qual essas crianças estão inseridas. Além de desenvolver a memorização.

3. Música

Poderá ser trabalhado a letra de uma música e depois trocar essa letra, mas continuar com a mesma melodia. Como por exemplo:

O sapo não lava o pé A sApA nAA lAvA A pÀ
Não lava porque não quer NAA lAvA pArquA nAA quar
Ele mora lá na lagoa AlA mArA lA nA lAgAA
Não lava o pé porque não quer NAA lAvA a pA pArquA nAA quAr
Mas que chulé MAs quA chulÁ


Assim poderá ser estimulado nas crianças a comparação de textos novos com textos já conhecidos.

4. Jogo da rima

A professora falará uma palavra e as crianças terão de falar outras palavras que rimem com a palavra inicialmente dada pela professora, assim as crianças começarão a perceber os sons da língua.

5. Leitura de gibis

A professora poderá ler gibis do Cebolinha que troca o "r" pelo "l"e do Chico Bento que fala de acordo com seu contexto social, que é típico de quem mora no interior e que muitas vezes são ronuciadas as palavras de forma errada. Posteriormente poderá pronunciar com as crianças palavras com letras que emitem sons parecidos como: t/d, f/v, p/b, q/g. Esta atividade tem por objetivo distinguir a pronuncia de alguns sons da língua e estimular a pronúncia clara dos sons.

6. Dominó

A professora poderá organizar um jogo de dominó que tenha uma figura e uma palavra em uma peça, por exemplo: em uma peça poderá ter a figura de um avião e a palavra "casa", a criança terá de encaixar essa peça ou no desenho da casa ou na palavra avião. Como a faixa etária é de 4 e 5 anos, as palavras e figuras a serem trabalhadas terão de ser simples e a professora deverá está trabalhando essas palavras em sala de aula. O objetivo desse jogo é o reconhecimento da ortografia das palavras.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

O que é letramento?

Explicação de letramento segundo a concepção de Kate M.Chong, uma estudante norte-americana que escreveu um poema sobre o assunto. Esse poema é recitado no vídeo abaixo.





É interessante que precebamos que vivemos em um mundo cheio de letras, e que ser analfabeto no mundo de hoje é ficar defasado na comunicação.
As letras estão espalhadas em todos os lugares, organizadas em diversos tipos de textos, seja em uma propaganda de Outdoor a uma bula de remédios.

O ser humano já nasce inserido nesse contexto de vida, um universo letrado, em que ele precisa aprender esse código de comunicação para conseguir viver e se comunicar.
A aprendizagem desse código pode ser feita através da escola e lá o educador não pode negligenciar a bagagem que o aluno trás desse mundo de letras que ele vê, em alguns casos com muita frequência e em outros com menos frequência, no seu dia-a-dia.
No vídeo abaixo, William R. Cereja, fala um pouco sobre alfabetização e letramento.

Esse tema é muito interessante, quando estamos lidando com crianças na fase de alfabetização, pois devemos levar em consideração o que o aluno trás na bagagem cultural dele para dentro de sala de aula.
Postei esse vídeo devido ao texto Processos Iniciais de Leitura e Escrita,de Roseneide Magalhães de Sousa, que o professor Ivanildo, da disciplina Tendencias Atuais de Ensino da Língua Portuguesa I, trouxe para reflexão da turma, na aula do dia 30 de abril de 2009.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Diferença entre: Tipologia Textual e Gênero Textual

Esta postagem tem como objetivo apontar as difrenças existentes em tipologia textual e gênero textual, segundo a visão de Marcushi e Travaglia.


Para Marcuschi:

Tipologia Textual é um termo que deve ser usado para designar uma espécie de seqüência teoricamente definida pela natureza lingüística de sua composição. Em geral, os tipos textuais abrangem as categorias narração, argumentação, exposição, descrição e injunção (Swales, 1990; Adam, 1990; Bronckart, 1999). Segundo ele, o termo Tipologia Textual é usado para designar uma espécie de seqüência teoricamente definida pela natureza lingüística de sua composição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas) (p. 22).

Gênero Textual é definido pelo autor como uma noção vaga para os textos materializados encontrados no dia-a-dia e que apresentam características sócio-comunicativas definidas pelos conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica.



Para Travaglia:

Tipologia Textual é definido como aquilo que pode instaurar um modo de interação, uma maneira de interlocução, segundo perspectivas que podem variar. Essas perspectivas podem, segundo o autor, estar ligadas ao produtor do texto em relação ao objeto do dizer quanto ao fazer/acontecer, ou conhecer/saber, e quanto à inserção destes no tempo e/ou no espaço. Pode ser possível a perspectiva do produtor do texto dada pela imagem que o mesmo faz do receptor como alguém que concorda ou não com o que ele diz. Surge, assim, o discurso da transformação, quando o produtor vê o receptor como alguém que não concorda com ele. Se o produtor vir o receptor como alguém que concorda com ele, surge o discurso da cumplicidade. Tem-se ainda, na opinião de Travaglia, uma perspectiva em que o produtor do texto faz uma antecipação no dizer. Da mesma forma, é possível encontrar a perspectiva dada pela atitude comunicativa de comprometimento ou não. Resumindo, cada uma das perspectivas apresentadas pelo autor gerará um tipo de texto. Assim, a primeira perspectiva faz surgir os tipos descrição, dissertação, injunção e narração. A segunda perspectiva faz com que surja o tipo argumentativo stricto sensu6 e não argumentativo stricto sensu. A perspectiva da antecipação faz surgir o tipo preditivo. A do comprometimento dá origem a textos do mundo comentado (comprometimento) e do mundo narrado (não comprometimento) (Weirinch, 1968). Os textos do mundo narrado seriam enquadrados, de maneira geral, no tipo narração. Já os do mundo comentado ficariam no tipo dissertação.

Gênero Textual, segundo o autor, se caracteriza por exercer uma função social específica. Para ele, estas funções sociais são pressentidas e vivenciadas pelos usuários. Isso equivale dizer que, intuitivamente, sabemos que gênero usar em momentos específicos de interação, de acordo com a função social dele. Quando vamos escrever um e-mail, sabemos que ele pode apresentar características que farão com que ele “funcione” de maneira diferente. Assim, escrever um e-mail para um amigo não é o mesmo que escrever um e-mail para uma universidade, pedindo informações sobre um concurso público, por exemplo.
Observamos que Travaglia dá ao gênero uma função social. Parece que ele diferencia Tipologia Textual de Gênero Textual a partir dessa “qualidade” que o gênero possui. Mas todo texto, independente de seu gênero ou tipo, não exerce uma função social qualquer?


Marcuschi apresenta alguns exemplos de gêneros, mas não ressalta sua função social. Os exemplos que ele traz são telefonema, sermão, romance, bilhete, aula expositiva, reunião de condomínio, etc.

Travaglia, não só traz alguns exemplos de gêneros como mostra o que, na sua opinião, seria a função social básica comum a cada um: aviso, comunicado, edital, informação, informe, citação (todos com a função social de dar conhecimento de algo a alguém). Certamente a carta e o e-mail entrariam nessa lista, levando em consideração que o aviso pode ser dado sob a forma de uma carta, e-mail ou ofício. Ele continua exemplificando apresentando a petição, o memorial, o requerimento, o abaixo assinado (com a função social de pedir, solicitar). Continuo colocando a carta, o e-mail e o ofício aqui. Nota promissória, termo de compromisso e voto são exemplos com a função de prometer. Para mim o voto não teria essa função de prometer. Mas a função de confirmar a promessa de dar o voto a alguém. Quando alguém vota, não promete nada, confirma a promessa de votar que pode ter sido feita a um candidato.


Fonte: http://www.algosobre.com.br/gramatica/genero-textual-e-tipologia-textual.html


Ou seja,

Tipologia textual compete a classificação dos textos de acordo com o seu formato, assim ele poderá ser uma Narração, Descrição, Dissertação, Exposição e Injução.

Narração: é a contagem de uma história, nesse texto deve conter um narrador, personagens, fatos, enredo, tempo, lugar e outras características de um texto narrativo.

Descrição: é um texto que descreve um fato ou uma pessoa, podendo ser a formação de um retrato escrito.

Dissertação:é um texto que contém uma tese, em que é defendida pelo autor por meio de argumentos, tem um posicionameto pessoal ao defender um ponto de vista.

Exposição:é estruturado em idéia principal, desenvolvimento e conclusão. Apresenta informações sobre o assunto, explica, avalia, reflete e expõe ideáis.

Injunção:indica como realizar uma ação; aconselha. É também utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos.


Gênero Textual: compreende as várias formas que o texto pode assumir no cotidiano da pessoa, são textos que tem uma funcionalidade, como jornal, que informa, bilhetes, que transmitem recados, uma receita, que ensina a fazer um prato de comida entre outros gêneros existentes.
Tem uma dimensão maior que a tipologia textual porque possui uma função comunicativa e social.